quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Hi Barbie

 Vi o filme da Barbie

Crítica sem spoilers





Hi Barbie





Barbie 2023 (Greta Gerwig)
Com Margot Robbie, Ryan Gosling, Will Ferrell, America Ferrera. Emma Mackey, Simu Liu, Michael Cera, kate Mckinnon e Ariana Greenblatt.
No mundo mágico das Barbies, "Barbieland", uma das bonecas começa a perceber que não se encaixa como as outras. Depois de ser expulsa, ela parte para uma aventura no "mundo real", onde descobre que a beleza está no interior de cada um.

Olá meninas, viemos falar um pouco sobre o filme da Barbie, afinal todo o barulho em torno dele nos chama a atenção para algo muito mais válido e real:

A desigualdade entre os sexos.

A ideologia da mulher perfeita, a pressão da sociedade sobre a mulher, o 'ser mulher', ter que fazer tudo, suportar tudo, sem reclamar e sempre ser bonita no processo.

A idealização masculina de dominar o sexo frágil, e o patriarcado que é mostrado de forma irônica e hilária.

A relação homem/mulher e o quanto isso é cobrado ainda que de forma inconsciente, e nos é mostrado de forma original e divertida no longa.

Margot Robbie brilha no papel trazendo à vida expressões de boneca, enquanto vai se humanizando e mostrando isso de forma realista e emocionante.

Se ele desagradou homens podemos imaginar o porquê, embora nem faça sentido, afinal hoje e sempre na tv, no futebol, e na internet 90% do conteúdo consumido é por homens e para homens.

Então se você é um homem que se incomodou, sinto te dizer mas isso diz mais sobre você e seu papel de "homem" do que sobre o filme em si, que é bonito, engraçado, despretensioso, bem orquestrado e passa de forma positiva uma mensagem atual.

Agora é nossa vez, a mulher é a protagonista, em um filme que retrata a boneca mais famosa e vendida do mundo, e o fato de que ela é apenas uma boneca, mas representa muito mais, um ideal, uma consciência e a liberdade da figura feminina, que é só o começo para uma reflexão mais profunda.

Parabéns a Greta Gerwig.




A mulher tem voz e vai continuar tendo.





E se essa voz incomoda sabemos que estamos no caminho certo, afinal até hoje nada foi fácil, nem ser dona do próprio corpo, nem ter o direito a autonomia, ao voto, e tantos outros direitos conquistados duramente.

Lidem com isso, e se os senhores não quiserem, há sempre outras opções como Oppenheimer, Missão impossível e muitos outros que existiram e sempre existirão, você não precisa se ofender com um filme de mulheres e para mulheres, ele também é válido para todos os públicos, assim como sua ação de explosões, que continua sendo um entretenimento.

O mundo não é somente dos homens.


por Helena Dalillah



Volte a vestir rosa, se você gosta, e se quiser não vista. 

Toda forma de beleza é valida.

Ninguém tem que ser perfeito nem seguir um padrão.

Lugar de mulher não é dentro de uma caixa, é onde ela quiser.







Veja também: Ser mulher

Carta aberta

Nova era

Amor

Não te ensinam

Helena


E sem briga, meninos. 






Até a próxima.



Antipatriota

 





Por Tiago Santinelli 


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Poesia: Fonte

Fonte


Havia uma fonte

bela e majestosa

brilhava na escuridão

cintilava a luz do dia

parecia ter vida

abundante 

sempre em movimento

quem dela provava se fartava

logo saia contente

no porvir não retornava.

O ano findou

o tempo passou

a fonte envelheceu

a cor acinzentou

a água escureceu.


Restou o frio

na sombra úmida ficou

sozinha, abandonada,

resta quebrada

a fonte que secou.


Helena Dalillah







Leia mais: Clique aqui


Até a próxima.



sexta-feira, 23 de junho de 2023

Ser mulher num mundo de homens

O mundo de Helena recebeu depoimentos de algumas mulheres pelo dia da mulher.

Maio já acabou, mas ainda chegaram relatos e achamos importante compartilha-los com você, mesmo que atrasados.

Algumas leitoras e voluntárias nos responderam e vamos compartilhar seus relatos de relacionamentos com vocês:




Como é ser mulher num mundo de homens?


"Eu já fui muito injênua.
Do tipo que se sorrissem pra mim eu acreditava em tudo que era dito.
Do tipo que por receber um beijo ou elogio eu já presumia que me amavam, pois não tinha diálogo com meus pais durante a adolescência.
Eu não tinha aconselhamento e vivia num lar cristão em que me reprimiam.
Fui abusada na infância por um tio, sem nem saber que aquilo era um abuso, e eu nem fui a única criança na família vítima.. 
Mais tarde perdi a virgindade escondida com alguém que não significava nada pra mim, e me arrependi, mas talvez não tivesse perdido se esperasse ter um amor verdadeiro pra isso.
Sempre tive uma libido normal, mas cada um que passou por mim, parceiros, amigos, parentes, me anularam, e isso me castrou mais e mais o desejo, e me fizeram sentir vergonha de possui-lo, como se fosse sujo para uma mulher admitir que ela pode sentir prazer.
Hoje eu não me relaciono e tenho problemas de intimidade."

Por L.P.


"Há muitas coisas que eu fiz as quais me arrependi.
Decido a minha auto estima baixa, eu acabava dando atenção pros poucos que olhavam pra mim, que nem sempre valiam a pena e não me valorizavam.
Já dancei sexy uma vez pra 3 caras, só pra sentir que podia, e beijei os 3 junto com uma garota, mas não fui pro finalmente e deixei os 3 chupando o dedo.
Já beijei um casal, e fiz sexo a 3.
Já fiquei muito entorpecida a ponto de deixar dois caras flertarem comigo, 
mesmo sem querer isso.
Já fiquei com vários, de beijos e trocar contatos na mesma balada, só porque outras garotas faziam.
Já fiquei bêbada a ponto de voltar a ficar com uma pessoa que tinha me exposto, drogado e abusado. 
Já ouvi um cara pedindo pro outro pra ele deixar eles me "comerem" a força junto, porque não havia respeito nenhum na nossa relação e eu só escapei disso porque na hora ele não concordou.
Eu já fiquei com um cara completamente bêbada na frente do pai dele porque não tinha privacidade na casa. 
Já se aproveitaram de mim numa festa quando eu não podia responder pelos meus atos e estava bêbada dormindo na cama.
Eu já fui zombada, e comentada por uma empresa inteira por ter me relacionado com uma pessoa abusiva, e achavam graça disso, como se eu soubesse e quisesse, mas na verdade só amava e nem sabia o que estava fazendo.
Eu nunca fiz nada disso consciente de que era errado, e muitas vezes me machuquei muito em consequência, mas me entreguei por vezes a homens que não me respeitavam, e nem sequer me tratavam dignamente.
Hoje eu sou uma pessoa reprimida e recatada, com muito receio de confiar e me abrir em relações, e praticamente nunca tive uma relação saudável que durasse."

Por A. H.
.


"Eu já beijei 3 mulheres ao mesmo tempo. 
E já tentei ir pro finalmente com uma menina quando ela estava muito alta e nem tinha noção de nada porque eu queria muito ela, obviamente não rolou.
Enfim eu já fiquei com um senhor de 60 anos quando eu tinha 20 e poucos, porque ele me fazia me sentir bem.
Eu já estive com um cara que tinha namorada e eu não me arrependi na hora mesmo sabendo disso.
Já fiquei com um amigo casado que era meu amigo de infância, em troca de suprir carência e favores que eu precisava, mas havia um sentimento.
Eu já fiquei com um cara em cima da cama do meu pai quando ele viajava.
Eu aceitei fazer anal sem gostar, sabendo que não queria, por ter sofrido abuso, e só fiz para agradar um ex que pouco depois me deixou, e por email.
Eu já quis realizar fantasias sexys quando amava muito alguém, me vestir e dançar, e sempre que tentei ou o parceiro não se excitava, sem razão aparente, ou na hora gostava mas mais pra frente se tornava machista e possessivo porque eu confessava como eu era e do que gostava intimamente.
Hoje eu nem sei como me comportar diante de um homem, tenho receio de ser eu mesma, até evito conhecer pessoas, para mim o homem não ama, ele usa, e isso perde a graça quando ele percebe que a mulher tem os mesmos direitos e desejos que ele."
por  S.E.K.



"Eu já desejei mulheres, homens, e trans. 
Eu já fui impulsiva ousada e fazia o que eu queria até eu perceber que não poderia jamais ser eu mesma, sem ficar vulnerável, ser julgada, desrespeitada ou acabar me machucando por isso.
Eu já fiquei num casamento sem sexo e afeto por meses, porque amava e aceitava a frieza e o mau trato e ainda me culpava por isso, justificando merecer por conta de não ser o que o outro esperava de mim.
Eu já fui muito recatada e tinha medo de tudo, mas acreditei em tudo que me disseram, por amor, e muitas vezes isso culminou em abusos e enganos.
Já fui tratada como prostituta sem consentimento por um parceiro só por admitir que curtia ter intimidade, e que sentia desejos.
Eu já aceitei abuso e coisas que me machucavam por amar muito uma pessoa, e fazia coisas que me feriam e aceitava sentir dor só para agradar a outra pessoa.
Já aceitei me magoar e ficar com alguém que eu sabia que não poderia estar comigo, porque por amor eu quis aproveitar cada momento, mesmo sabendo que a pessoa só queria curtir o momento, e iria embora para não voltar, e eu sofreria muito depois.
Eu já engoli sentimentos por conta de amar muito alguém que não me enxergava, e desisti de pessoas que gostei por medo de não ser correspondida.
Eu já fui trocada por outra pessoa que era muito próxima a mim.
Eu já fiquei anos esperando uma pessoa voltar pra mim.
Eu já terminei um relacionamento porque meu parceiro não conseguia dizer que me amava, e tinha receio de ter intimidade comigo por não estar pronto.
Eu já tive a chance de estar com boas pessoas e sabotei por medo e insegurança.
Eu já aceitei abuso e tomar anticoncepcional a força e fiquei com problema de saúde por conta de algo que nem permiti e que nem planejei.
Eu já desperdicei mais de uma vez a chance de ficar com meu melhor amigo, pois era imatura, não sabia o que queria e sentia, e após anos ao reencontra-lo e muita coisa mudar eu percebi que o amava, e que queria tentar, mas era tarde demais, e perdi meu amor e meu amigo.
Eu tenho vergonha de ser quem sou hoje, e de não ter nada nem ser inteira, mas estou juntando os pedaços como posso.
As vezes eu nem sei quem sou, mas sei que sempre serei só."
por H.





 

E pra você? 
Como é ser mulher num mundo de homens?





Veja também:Carta Aberta




Até a próxima.


quarta-feira, 14 de junho de 2023

Tendência maquiagem 2023

Tendências de maquiagem para 2023


Olá meninas, estamos de volta

Vamos conferir o que esta em alta 


Maquiagem Outono/inverno 2023



Muito brilho





A maquiagem iluminada promete ser uma das tendências 2023. Por destacar o rosto de forma mais sutil e deixá-lo com o centro da face mais luminoso, a maquiagem iluminada é perfeita para deixar aquele glow na pele, principalmente se a pele estiver bronzeada.





Olhos coloridos com pedrarias e strass.





Assim como ano passado, os olhos coloridos continuarão fazendo parte do visual e styling das fashionistas. Para fazer os olhos coloridos, você pode apostar em lápis super pigmentados ou sombras líquidas para deixar a pigmentação mais intensa e duradoura.




Outra inspiração de maquiagem que continuará bombando, são as pedrarias e strass, que se mantém firme e forte como decoração queridinha e super cool nos olhos de quem ama uma trend. Use cola de cílios para poder fixar esse adereços na pele e aposte em designs diferenciados, como estrelinhas, coração e lua podem diferenciar sua make e deixá-la com um toque único.




Batom escuro




O batom escuro continua a ser tendência, principalmente no início da temporada de primavera/outono. 




Aposte em batons vermelhos intensos de fundo escuro e em batons vinho, uva ou café para deixar os lábios como a atração principal do rosto.






Gloss e brilho






O acabamento glossy, pode ser uma inspiração de maquiagem para suas produções e ainda se mantém como o queridinho das makes, por isso é essencial ter um batom escuro com efeito vinílico ou um gloss labial para deixar os seu lábios brilhosos. 









Maquiagem clean






Em 2023, a maquiagem clean continua sendo inspiração e fazendo parte do visual de muitas mulheres. 




Esse estilo de maquiagem que usa produtos mais cremosos e hidratantes para fazer a produção de make, tem sido o queridinho por conta do pouco uso de maquiagem no rosto, sendo usado pontualmente para cobrir manchas e pequenas imperfeições, mantendo o aspecto natural da pele e deixando-a com o viço semelhante ao natural.





Gostaram?

Até a próxima



quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Carta aberta

 

Carta aberta aos homens






Como uma mulher, não digo menina, mas mulher, pois um dia já fui menina; tenho certas considerações a fazer sobre o sexo masculino como um todo, na atualidade.

Antes de mais nada, venho dizer que essa carta é um lado de uma visão que representa muitas mulheres, não somente a que vos fala.

Sim, sempre fazemos um laboratório ao escrever uma posição ou artigo, e antes de mais nada se o ego for frágil e gerar ofensa, quero que saibam que esse texto é para o objetivo de reflexão, e jamais ataque, ok? (Em tempos como hoje, que deve se dizer o óbvio, não custa avisar).

Eu sai com muitos homens, e até com mulheres e trans também. 

Eu também já me relacionei com inúmeros homens, de muitos credos, estilos e culturas.

Uma coisa que pude observar recentemente, é que sair não significa necessariamente sair, como antigamente.

Um encontro, um date, um jantar, as vezes se resume apenas em uns minutos, uma hora, ou uma conversa superficial de passagem e se considera como um encontro, ou pelo menos se julga assim.

Eu não tenho problema algum com a geração moderna, da selfie, imediatista, de stories que somem após 24 horas, do "quero/não quero", e ele "curtiu minhas fotos, deve estar a fim." 

Mas tenho uma observação notável.

Hoje em dia está tudo fácil, tecnologia ao alcance da mão, tv a cabo, internet, pesquisa disponível o dia inteiro e bem na nossa frente.

Antigamente a gente ligava, visitava, tinha que haver interação, convite, procura, e até oportunidade,  havia o contato, de olhos, de voz, de presença, de gente.

Hoje em dia se flerta por um celular, nada contra; os tempos mudam.

Porém não me parece fácil sair, nem conhecer homens nos dias de hoje, como deveria ser.

O por quê ?

Justamente por estar tudo tão fácil e acessível se banaliza, e se perde o interesse de procurar.

Tem muitas opções, tamanhos, detalhes de mulher, e para um homem, que em sua maioria é visual, a escolha se torna muito vasta e confusa.

Badoo, Tinder, Pof, Instagram, facebook, e tantos outros, em que uma mulher é apenas uma foto: uma imagem e uma descrição. Em que se pode optar: deixar pra depois, achei interessante, quero, não quero, passo.

Baseado em uma imagem, uma descrição, uma pessoa do sexo feminino, com vivências, experiências, pensamentos, sentimentos, essência, natureza, opiniões e inúmeras peculiaridades. 

Toda a complexidade do ser resumido em foto e descrição.

Rótulo.

Isso é justo?

Mas você pode me dizer: - Ué, para a mulher a busca funciona da mesma forma. 

Sim, funciona.

Mas se fala de seres distintos, homemXmulher, originários de planetas completamente diferentes, apesar de se complementarem em muitas ocasiões.

E quando se escolhe; e há uma conversa, afinidade, ou o mínimo interesse, se passa pra próxima fase, que é o encontro ao vivo.

E de lá após muitas conversas, ou não, se define um caso, uma noite, se vai adiante, alguns meses, ou se somente um momento de prazer carnal, e tudo bem, porque a escolha é de cada um.

Mas uma mulher que procura conhecer alguém num site ou app tem de fato uma escolha ?

É uma questão para se refletir.

Partindo da premissa que "todo mundo" usa tais apps, e está sujeito a tudo, por estar lá, fica mais uma dúvida que muitos impõem: a mulher aceita um homem, que mal conhece, ou quer conhecer melhor, e se aquilo tudo não sair como previsto, ou ate´envolver danos físicos e morais, ela que se vire, pois ela quis ir e a responsa é dela, certo?

Não. Não é.

Nem deveria ser.

É óbvio que não se pode prever no que vai dar um encontro, ou se as partes envolvidas serão de caráter, mas não é culpa de ninguém ser lesado pelo outro apenas por estar procurando se envolver com alguém legal.

Uma maioria de homens buscam tais sites unicamente para copular com o sexo feminino mais facilmente, não os culparei, e uma grande parte das mulheres faz o mesmo, e também há mulheres que querem conhecer alguém especial, sem estar com o foco apenas em sexo rápido, e claro que existem exceções para os dois lados.

Além de se dançar conforme a música para se ter seu objetivo, muitos homens não são honestos o bastante.

As vezes uma mulher quer apenas dar uma risadas, uns beijos, ou até mesmo dividir uma comida e conversar sobre o trivial. Passar o tempo. E na menor das hipóteses fazer um amigo.

As vezes um homem só quer que ela facilite logo, coma rápido e aceite ir com ele para casa ou motel, para no dia seguinte virar a página, e se buscar por outra.

O sexo consensual para quem pratica pode ser bom, desde que seja recíproco de ambas as partes, o que nem sempre é.

As vezes a mulher acaba cedendo ir para a cama por insistência do cara, ou até uma quase coação, "poxa ele deixou a casa dele pra vir me conhecer, o que posso dar em troca? " Como se a mulher devesse estar em dívida com o homem por isso.

Quando o sexo é atrativo para ambos, e há um respeito de limites, independente do depois, pode funcionar para ambas as partes.

Mas, e quando não é ?

E quando um homem apenas quer usufruir do prazer do corpo feminino sem permissões ou limites, e para isso ele se envolve, conquista, ganha confiança, apresenta para todos como troféu, e o objetivo era somente um: o gozo fácil, independente se estava confortável ou não para a parceira.

No fim o saldo é positivo, para ele; fazer sem perguntar, entrar sem permissão, e até mentir por conveniência; mas seria também para ela?

Não seria mais justo existir um app com o título de "Apenas sexo" ou "o que rolar" para menos engano e desilusão de qualquer parte que não quisesse se comunicar?

Isso é injusto, mas com certeza seria mais notado se acontecesse o oposto, e fossem as mulheres que abusassem da confiança, do corpo, do limite do macho.

O homem pagou o jantar, ou não, ou se deslocou e abriu a porta do carro, buscou a mulher, sorriu, ofereceu um presente ou um carinho, pegou a mão, deu um pouco de atenção por uma noite: pronto ele já está qualificado para exigir o que quer dela. Sem pudores.

Sem conversa?

Sem proteção?

Sem respeito?

O homem cresce, desde menino, muitas vezes sem informação, vendo internet e filme pornô, e presumidamente acha que uma mulher deveria gostar ou sentir prazer com o que é reproduzido na tela de um filme adulto.

Um conteúdo por vezes sem roteiro, limite, ou consenso, feito apenas para os olhos masculinos.

E quando ele fica com uma mulher bela na cama, pode culpar sua beleza por ter se empolgado, por ter batido com força, por ter sido violento, ou ter gozado sem avisar, dentro ou rápido.

A culpa foi da mulher.

Essa é uma carta aberta aos homens auto intitulados "macho alfa" por terem muitas parceiras, 'comerem' todas, ou trocarem de amantes como de cueca.

Você, homem em questão, pode viver da forma que lhe servir melhor, mas antes de decidir usufruir, brincar, deflorar, penetrar sem carinho, ou gozar naquele corpo sem proteção ou aviso, lembre-se de que aquele corpo tem uma alma, tem psicológico, sentimentos, vivência, passado, vontades, e até traumas também, e que sente dor, como você, mesmo que de forma diferente.

E se você continua achando que isso é ser "o macho", traindo, colecionando corpos, conversas, calcinhas, mudando de energia na sua cama a cada noite, e facilitando a propagação de dst para você e elas, eu não vou te contestar, faça o que tu queres.

Mas ao lidar com uma alma feminina, busque conhecer antes de meter.

Tente conversar antes de prometer.

Procure humanizar antes de julgar.

E procure ser honesto, antes de só usar.

Não estamos na idade média.

E só então, se quiser se relacionar, procure dialogar e entrar em acordos. Dizem que o ser humano moderno que evoluiu da idade da pedra faz isso, não é mesmo?

E se não puder, sugiro que abandone os sites e compre uma boneca inflável, e bem funda, pois com certeza vai lhe ser mais útil, e vai evitar sentimentos, discordâncias, protestos, diálogos, e até processos legais.


Helena Dalillah



Sem mais. 






Veja também : Nova Era


Até a próxima. 



sexta-feira, 17 de junho de 2022

Dicas de Suspense

 

Confira a seguir algumas dicas de suspense do Mundo de Helena:


Suspenses sobre Assédio


Para quem se interessa em ver o tema assédio nas telas há vários títulos para se conferir sobre dentro e fora da internet. 

Muitos suspenses se inspiram em fatos reais. Seja o filme biográfico ou não, continua sendo um tema muito válido a ser abordado, por se tratar, muitas vezes, de uma realidade.



Atração Fatal (Fatal Attraction) 1987 De Adryan Lyne





Dan (Michael Douglas), um homem de negócios, e Alex (Glenn Close), uma editora de livros, se envolvem em um fim de semana em que a família de Dan está viajando. 

No entanto, para Alex, o envolvimento não foi casual: ela se apaixona por Dan. 

Alex o persegue e quer chamar sua atenção, a todo custo.

Tudo isso porque ela quer ficar com ele, levando Dan e sua família ao limite.




Close foi indicada ao Oscar pelo papel. 

Atração Fatal conseguiu outras cinco indicações, incluindo melhor filme.

Um suspense de tirar o fôlego.




Mulher Solteira Procura (White Single Female)  1992 de Barbet Schroeder 





Em Nova York a bela Allison Jones (Bridget Fonda), especialista em softwares, tem uma briga com o noivo, Sam Rawson (Steven Weber), quando descobre que ele dormiu com a ex-mulher. 

Então divide seu apartamento e a jovem Hedra Carlson (Jennifer Jason Leigh) - que parece uma candidata promissora - vai morar com ela.

No início tudo parece bem, mas logo ela se mostra desequilibrada, pondo em perigo em principal sua companheira de quarto por quem nutre uma fixação inexplicável.




Um excelente suspense, com uma trilha sonora de qualidade e ótimas atuações.

Um grande título dos anos 90.

Hoje considerado cult movie.





Perseguição (Ratter) 2016 de Branden Kramer





Emma (Ashley Benson), uma estudante de pós-graduação, vive sozinha em Nova York, mas recentemente está sendo vigiada por um perseguidor obcecado que invadiu todos os seus dispositivos pessoais: computador, celular e outros dispositivos conectados a sua webcam - para gravar seus momentos mais íntimos. Como Emma torna-se cada vez mais paranóica, seu mundo começa a desmoronar pouco a pouco chegando a um epilogo surpreendente.




Ratter enfatiza a perseguição virtual no mundo contemporâneo.

Um filme realista sobre um aterrorizante pesadelo que pode se tornar realidade e um alerta sobre os perigos que envolvem a exposição na internet.

Vale a pena conferir.





DeadBolt- A morte está em casa 1992 de Douglas Jackson






Estudante de medicina (Justine Bateman) não consegue se acertar com nenhuma colega de quarto. 

Resolve, então, tentar dividir o apartamento com um homem,que parece inofensivo (Adam Baldwin). 

Mas a escolha errada acaba levando-a a encarar uma situação de crescente terror psicológico; ao se envolver com seu novo colega de quarto ela percebe que ele não é exatamente o que imaginava.




Um suspense envolvente, carregado de cenas tensas, com começo meio e fim.




Assédio Mortal (Stalking Laura/ I can't make you love me) 1993 de Michael

 Switzer





Bela e inteligente jovem após se formar vai trabalhar em grande empresa. 

Obcecado por ela, um colega de trabalho começa a assediá-la, infernizando sua vida dentro e fora da empresa, chegando a níveis extremos.

Baseado em eventos reais.




Este telefilme estrelado por Brooke Shields e Richard Thomas é apenas um exemplo do que pode acontecer em várias empresas e instituições. 

O tema assedio sexual é recorrente na cultura americana, e também no Brasil.

O filme retrata uma triste porém verdadeira história, que inclusive alertou para o fato de mudança de leis de proteção a mulher nos Estados Unidos. (em breve post)

Muito válido.





Quer mais dicas?

Até a próxima.




segunda-feira, 16 de maio de 2022

Clark Nova série Netflix

 

Estreou há pouco uma nova série  na plataforma mainstream Netflix intitulada: 

Clark


Mas quem foi Clark?






Clark Olofsson






Clark Oderth Olofsson é um criminoso sueco que agora vive na Bélgica. Ele recebeu sentenças por 
tentativa de homicídio, agressão, roubo e tráfico de drogas e passou mais da metade de sua vida em instituições correcionais na Suécia. Olofsson foi considerado o primeiro "gangster de celebridades" da Suécia.






Clark Olofsson, foi o gângster mais controverso e famoso da Suécia, desde a década de 1960 até os dias atuais, tanto que rendeu uma série biográfica e alguns livros.

Ainda muito jovem, Clark conseguia usar seu charme e seu humor para conseguir o que queria em pequenos golpes. Com o passar dos anos, ele passou a tentar golpes maiores, e com isso o charme foi desaparecendo e dando lugar a um certo desespero.

Um dos crimes mais notórios que ele cometeu foi em um banco em Estocolmo, onde ele conseguiu convencer os reféns a apoiá-lo apenas usando a malandragem. Foi ele que deu origem ao que hoje conhecemos como a Síndrome de Estocolmo.





O roubo ao banco em Estocolmo com um parceiro foi um de seus casos mais documentados.
Aparentemente, os reféns se uniram aos bandidos. 
Inclusive, Clark Olofsson ainda é amigo de uma das reféns até hoje, Kristen Enmark. 
Este cenário de roubo e refém causou a insurreição da notoriedade de seu status.









Clark- Netlfix


Clark é uma série controversa sobre o notório criminoso sueco Clark Olofsson. 
Ele passou a maior parte de sua vida na prisão por reincidência, porém arrebatou o coração de muitas mulheres em particular através da mídia.

A série está fazendo bastante sucesso por ter uma narrativa realista.


Bill Skarsgård como Clark:





Clark era um delinquente, com uma aparência, personalidade e inteligência anárquica. A série dirigida por Jonas Åkerlund e estrelado por Bill Skarsgård nos traz a história desse cara, obviamente com licença poética, pois nem tudo é 100% verdade.

Mas Clark é baseado em uma história real?
De fato é! Clark é baseado na autobiografia de Clark Olofsson.
Talvez o motivo de ter se tornado uma minissérie da Netflix, é porque a história de Clark é extremamente complexa e única.

Marijke é real? Quem são os filhos de Clark Olofsson? 
Se você se perguntou se a esposa na série, Marijke, é real, a resposta é sim. 
Ela conheceu Clark aos 19 anos em uma estação de trem na Alemanha em 1976, enquanto o criminoso estava fugindo da polícia após roubar um banco em Copenhague. 
Mesmo conhecendo a extensa ficha criminal de Clark, Marijke casou com o gangster e o casal teve 3 filhos, chamados David, Donegal e Dorian.
O filho mais velho do casal, David, é um renomado compositor e pianista. Já os outros 2 filhos são bastantes reservados e sem atividades nas redes sociais.






Em 1999 o casamento de Marijke e Clark chegou ao fim. 
Atualmente, Marijke leva uma vida reservada, morando em Hasselt em Limburg, Bélgica, onde trabalha como supervisora.

Em Estocolmo o criminoso e amigo de Clark, Olsson, fez quatro funcionários como reféns. Ele exigiu a libertação de seu bom amigo, Clark Olofsson. 
Que foi concedida, e juntou-se a Olsson no banco com os reféns. 
Então esses parceiros do crime ameaçaram os reféns repetidamente. 
Mas apesar da intimidação e da sensação de vida e morte nos cinco dias em que foram mantidos, os reféns gostaram deles.




O verdadeiro Clark Olofsson que atualmente vive na Bélgica:





O que é a Síndrome de Estocolmo?
Então os reféns se uniam nos assaltos do Clark Olofsson, e ele era tão amigável que algumas pessoas criavam empatia por ele. 
Ele é um excelente exemplo de quão forte e influente é a mídia, especialmente com a idealização e romantização de criminosos. 





Clark é uma série irreverente e original sobre a vida de um notável gangster; não tão mau assim, com suas perspectivas sobre vida, mulheres, dinheiro e prazer.
A série apresenta sua infância traumática, com um pai violento, e também foca em suas conquistas amorosas e na forma especial e encantadora com que tratava as mulheres.
Destaque para as filosofias e devaneios de Clark quando ele está preso, com tempo de sobra para monólogos, em que pensa no amor que sente pelas mulheres, e pelo prazer do corpo feminino, de forma poética e irreverente.
Uma grata surpresa para quem procura algo original e fora da caixinha.
Direção, fotografia,  e trilha sonora são fenomenais, com momentos cômicos, takes muito peculiares, e cenas também produzidas com animação.
Sem contar as atuações que são brilhantes, principalmente a de Bill Skarsgård que literalmente rouba a cena, um grande ator.
Sensacional.
Série super recomendada.


Helena Dalillah








"Let The party Begin."
Clark Olofsson.


Até a próxima. 





sexta-feira, 6 de maio de 2022

Pensamento: Falhar

 Prosa e pensamento


Falhar 





Eu falhei comigo. Eu assumo. 

Falhei quando me importei mais com os outros do que comigo. 

Falhei quando estagnei por medo de falhar, e quando tudo que acontecia me levava mais pra baixo e eu não tinha saúde pra pular os obstáculos, e usava os atalhos da vida para seguir empurrando, fingindo estar tudo bem quando só eu sabia o peso que eu carregava e ainda carrego dentro de mim. 

Falhei quando escutei e acreditei em humilhações que me fizeram passar e me achei merecedora delas. 

Falhei quando meu desânimo foi maior que minha disposição. Falhei quando minha esperança foi encoberta pelos meus traumas, e minha dor emocional se tornava crônica e física.

Falhei quando esperei um afago e recebi agressão da vida, de muitas formas, e não me senti forte pra levantar na hora que as pessoas esperavam que eu levantasse. Falhei quando parei de ouvir a mim mesma e minhas necessidades e abri mão do meu bem estar para permanecer em lugares desconhecidos, drenando minha energia com pessoas que não agregavam nem me queriam, só desejavam provar de um momento.

Falhei quando dei toda a minha verdade e lealdade para quem teve a ousadia de mentir olhando nos meus olhos. 

Falhei quando abri minha intimidade, meu eu, meus medos e sonhos para aqueles que não sabiam sequer valorizar um sentimento humano e nem sequer sentir empatia pela minha luta e interesse pela minha história. 

Falhei quando estava me sentindo mal, e me incomodava com atitudes erradas e palavras rudes, e omiti tudo isso em nome de manter uma falsa paz que eu não sentia em relações rasas que não me acrescentaram.

Falhei quando esperei rosas de onde só poderia sair espinhos.

Falhei quando levei toda a culpa por algo que não me pertencia.

Falhei quando aceitei menos do que merecia e me conformei em seguir pela metade. 

Eu falhei quando fiquei deitada por um tempo, e usei um remédio como muleta para parecer alguém normal, mas ele não resolvia minha vida nem minhas dores, só amenizava sintomas de um transtorno. 

Eu falhei quando tentei me encaixar no padrão do outro e esqueci de respeitar quem eu era, e onde eu tinha chegado, apesar de quase morrer antes, e que apesar de menosprezada eu tinha sentimentos profundos.

Eu falhei sim, adoeci sim e me acomodei sim, porque doía muito, mas a posição que estive nunca foi cômoda como muitos pensam, nunca escolhi viver assim,  e sim, de certa forma ainda dói, mas hoje optei por não permanecer assim. Embora o processo seja lento eu não desisti de seguir, mas vou respeitar meus limites. Eu escolhi a mim mesma e priorizar meu bem estar e crescimento, ainda que ninguém tenha enxergado o que me custou continuar aqui, mesmo quando parecia que estava tudo bem. Quando eu usava um sorriso para desviar minha marca de lágrima. Quando eu dançava no escuro mas por dentro minha alma entorpecida vomitava. Quando eu aceitava pequenas agressões a meu corpo e fingia que não doía só para estar com alguém que nem se importava.

Eu quero agradecer quem sempre acreditou em mim e nunca usou o que passei contra mim, e tentou entender mesmo quando eu mesma não me entendia. 

Eu falhei quando me senti insuficiente para todos, quando na verdade eu tinha que ser suficiente para mim e o resto vem depois. 

Eu falhei quando acreditei em tudo de ruim que me aconteceu e levei aquilo como um padrão por não poder reverter, eu falhei quando não consegui perdoar, mas sobretudo absolver a mim mesma da culpa que eu carregava. Eu falhei quando achei que eu pra ser completa precisava ter a aprovação de quem nem me conhecia a fundo, mas se achava no direito de cobrar. 

Eu falhei quando cedi aos outros e não ouvi os meus próprios nãos.

Eu falhei quando quis preencher um vazio que faltava no outro e que não me cabia pois era do passado do outro e não meu.

Eu falhei quando não me aceitei falha, e quis mostrar ser perfeita.

Grata pelo caminho e aprendizado que não é de ninguém mas somente meu. 

Porque só quem sentiu fui eu e só quem podia levantar era eu. 

Obrigada por ainda estar aqui apesar de tudo. Você vai chegar lá, e sozinha. 

De: Eu. 

Para : Eu.


Helena Dalillah






Até a próxima. 

quarta-feira, 2 de março de 2022

Maquiagem 2022

 

Tendências de make 2022

Vamos ver o que está em alta nesse verão:


Delineador gráfico




O delineador no formato “gatinho” foi tendência de maquiagem por muito tempo, mas para o verão 2022, o delineado volta de uma forma diferente, inspirado nas passarelas internacionais de moda e na série Euphoria, da HBO.





Dessa vez, o delineador aparece em tamanho maior, que se estende por toda pálpebra, ou ainda, como delineado duplo, vazado e em diversas formas gráficas.


Cores neon




O colorido nos olhos vai estar em alta nas maquiagens de verão 2022, ponto positivo para as mulheres que gostam de uma make alegre e que fuja do básico. Com isso, o neon chegou com tudo na alta estação.





Os tons vibrantes podem aparecer como sombra de uma cor para realçar os olhos ou combinando com o delineado gráfico. Se a proposta da make for básica, o neon pode aparecer apenas no canto dos olhos.





Pele iluminada




Vez ou outra a pele iluminada volta a fazer parte das tendências de maquiagem para o verão. Talvez seja porque o glow da pele combina com a atmosfera dos dias quentes.




A pele iluminada combina com todos os tipos de makes, tanto as mais básicas, para o dia a dia, quanto as sofisticadas, para ocasiões mais elaboradas, como uma festa à noite.




Para essa tendência, o iluminador deve fazer parte da maquiagem e serve para realçar pontos de luz no rosto, como no cantos dos olhos, abaixo do arco das sobrancelhas, na ponta do nariz.



Pedras e brilho




Deu para perceber que as cores e o brilho serão as grandes tendências de maquiagem para o verão 2022. Nesse sentido, a aplicação de brilhos, strass, pedrarias e cristais, principalmente na região dos olhos, promete aparecer com força nas makes.




O uso de pedras brilhantes nas makes pode ser explicado novamente pelo sucesso entre o público jovem da série Euphoria, que tem lançado diversas tendências. Várias famosas apareceram nos últimos meses usando cristais na maquiagem.




Para as mulheres mais discretas, a pedraria pode aparecer de forma singela no cantinho dos olhos.


Maquiagem natural




Apesar desta lista estar repleta de brilho e cores, a maquiagem natural também chega com força no verão 2022, e a tendência das makes super carregadas de produtos será deixada um pouco de lado. Dessa forma, o destaque ficará para a região dos olhos e dos lábios.




Gostaram meninas?

Até a próxima.


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